Devido à seca, setembro inicia com bandeira tarifária vermelha

Previsão de chuvas abaixo da média e temperaturas altas elevam os custos de energia; saiba como isso impacta sua conta de luz

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Setembro começa com uma notícia importante para os consumidores de energia elétrica: a bandeira tarifária será vermelha patamar 2 neste mês, o que significa um aumento nos custos de geração de energia.

Há mais de três anos que essa bandeira não era acionada, reflexo do cenário de escassez de chuvas e clima seco atual, que pressiona o sistema elétrico a recorrer ao acionamento das termelétricas, mais caras que as hidrelétricas.

O anúncio, feito na sexta-feira (30) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), indica que os consumidores pagarão um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos (o valor não inclui os impostos e iluminação pública).

Esse aumento é justificado pela previsão de chuvas abaixo da média histórica para setembro, o que reduz a afluência nos reservatórios das hidrelétricas para cerca de 50% abaixo do esperado. Com a necessidade de manter a oferta de energia, as termelétricas, que possuem custos mais elevados, precisam ser ativadas, impactando diretamente o valor das contas de luz.

Conforme explica Rosimeire Costa, presidente do Conselho de Consumidores de Área de Concessão da Energisa MS (Concen-MS), a região Centro-Oeste e partes de outras regiões brasileiras passam por um período de seca intensa, com baixa umidade e calor extremo. Na semana passada, a umidade relativa do ar atingiu 14% em algumas partes de Mato Grosso do Sul, um nível extremamente baixo.

“Em resposta a essa situação, o Governo Federal está acionando as termoelétricas. Esse movimento ocorre devido à curva de consumo de energia, que precisa ser mantida mesmo durante o período seco, que vai de meados de maio até o final de setembro, início de outubro. As hidrelétricas, como as de Itaipu, Ilha Solteira e Jupiá, continuam sendo a principal fonte do setor elétrico por causa dos seus reservatórios”, esclarece Rosimeire.

"Para evitar o esgotamento dos recursos hídricos, o Governo está poupando a água das hidrelétricas e optando por despachar as termelétricas de mérito, que são mais baratas, apesar de ainda serem mais caras que as fontes renováveis, como a solar e a eólica, pois utilizam combustíveis como diesel e gás natural, e isso reflete diretamente na tarifa de energia", conclui.

Dicas para economizar energia

Rosimeire Costa explica, também, que nesse período do ano, as temperaturas oscilam bastante, especialmente durante a noite, o que deixa a água mais fria. Essa variação leva ao aumento do uso do chuveiro elétrico à noite e do ar-condicionado durante o dia, impactando diretamente o consumo de energia.

Para ajudar a economizar nesse período, ela dá algumas dicas práticas.

Utilizar o ar-condicionado com moderação: com temperaturas diurnas acima dos 30 graus celsius, é comum recorrer ao ar-condicionado. Use-o de forma consciente;

Ajuste o chuveiro elétrico para a modalidade "verão": a água gelada pela manhã pode ser desconfortável, mas utilizar o chuveiro elétrico na função "verão" é uma forma de quebrar o frio da água sem gastar muita energia. Caso precise usar a função "inverno", limite o banho a cinco minutos para economizar;

Acumule roupas para passar e lavar: concentrar o uso da máquina de lavar e do ferro de passar em uma única ocasião ajuda a reduzir o consumo energético;

Cuidado com aparelhos que funcionam por resistência: dispositivos como chuveiros elétricos, sanduicheiras e airfryers consomem muita energia. Use-os com atenção.

Quanto vai custar a minha energia?

Para facilitar a compreensão dos valores da Bandeira Tarifária Vermelha Patamar 2, abaixo segue tabela com as principais médias de consumo e o preço por kilowatt/hora. Os valores calculados têm como referência Campo Grande e já incluem impostos e a COSIP (Contribuição para Custeio da Iluminação Pública).

Até 50kWh: R$ 0,909
100kWh: R$ 1,13
200kWh: R$ 1,284 600kWh: R$ 1,228

Fonte: MS Todo Dia

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