Com período de estiagem intenso em Mato Grosso do Sul, os órgãos estaduais fazem o controle e monitoramento do nível dos rios, assim como intensificam o combate aos incêndios florestais nos três biomas (Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica). Outra ação é a orientação aos produtores rurais em relação ao cuidado com os animais (doméstico) e até a realização de aceiros, que também são usados rotas de passagens dos animais silvestres.
Esta situação foi apresentada durante a live da “Operação Pantanal”, que apresenta o boletim semanal do combate aos incêndios no Estado. O gerente de recursos hídricos do
“Fazemos este monitoramento desde 2014 e neste ano o nível está abaixo na maioria dos rios do Estado, inclusive tem diminuído em média 2 cm por dia. Fazemos um boletim diário para toda sociedade e enviamos informações à Defesa Civil. Esta estiagem e seca reflete diretamente nesta situação. Com menos chuva, mas dificuldade para os animais terem acesso à água. No Pantanal se a vegetação fica mais seca, favorece os incêndios florestais”, explicou Sampaio.
Neste cenário o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) realiza o trabalho não apenas de resgate, mas de orientação para proteção da fauna.
“Trata-se de um trabalho pré, durante e após o fogo, pois também orienta os proprietários rurais para que sejam feitos aceiros, que além de evitar a propagação do fogo, sirvam como rota para que os animais possam sair”, afirmou o secretário-executivo de Meio Ambiente, Arthur Falcette.
Ele destacou que os trabalhos do Gretap tiveram reforço e ajuda de fundos internacionais, com doação de medicamentos, assim como outras instituições que contribuem com alimentos e outros itens. “Importante também orientar os produtores para que não falte água principalmente ao gado na região do Pantanal”, completou.
Estrutura e combate
Além da região do Pantanal que conta com 13 bases avançadas do Corpo de Bombeiros, os outros dois biomas (Cerrado e Mata Atlântica) também estão com estruturas montadas para o combate aos incêndios florestais, inclusive com diversas ações nos últimos meses.
“Nossa estrutura está distribuída por todos os biomas, concentrada no Pantanal, por ser uma área de difícil acesso com bases avançadas, mas temos estruturas em outros locais, como a Mata Atlântica e o Cerrado, que é a região mais seca do Estado, por isso reforçamos nossas guarnições”, afirmou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiente do CBMMS.
Ela destacou que o Cerrado tem apresentado altos índices de focos de calor, no entanto por sua características próprias, não se propagam tanto como no Pantanal. “A estiagem prejudica inclusive a estrutura de combate aos incêndios, já que muitas vezes nosso acesso é pelos rios e a navegabilidade fica comprometida”.
O boletim semanal informou que no Mato Grosso do Sul de janeiro a setembro deste ano foram 7.309 focos de calor no Pantanal. Já no Cerrado no mesmo período foram 3.517 (focos) e na Mata Atlântica 937 (focos).
Fonte: MS Todo Dia
Você também pode gostar de ler
Piracema no Rio Sucuriú começa em novembro em Costa Rica
Período de defeso na calha do rio Sucuriú inicia-se no dia 5 de novembro, estendendo-se até o dia 28 de fevereiro
Publicado em 25/10/2024 às 14:55 - Atualizado em 25/10/2024 às 15:06 - Por Felipe Dias
Bombeiros lutam há 5 dias contra incêndio no Parque Estadual das Nascentes do Taquari, em Costa Rica
Desde o início do ano até esta quarta-feira (4), os incêndios florestais já destruíram 18 mil hectares no município
Publicado em 04/09/2024 às 10:21 - Atualizado em 04/09/2024 às 10:33 - Por Renan Carrijo
Vídeo: Polícia Militar Ambiental de Costa Rica multa pecuarista em R$ 16 mil por queimar vegetação nativa em Alcinópolis
Pecuarista havia utilizado fogo para preparar o solo com a intenção de transformá-la em pastagem; ação foi flagrada após uma denúncia anônima
Publicado em 26/08/2024 às 15:17 - Atualizado em 26/08/2024 às 15:18 - Por Felipe Dias
Incêndios devastam Paranaíba e brigadistas ficaram feridos no combate ao fogo
Com quase 5 meses sem chuva, incêndios tomam conta de várias regiões rurais e ameaçam áreas urbanas do município. Bombeiros, empresários e voluntários lutam para conter as chamas que se espalham rapidamente
Publicado em 24/08/2024 às 09:01 - Atualizado em 24/08/2024 às 09:04 - Por Felipe Dias