Policiais civis ampliam paralisação em MS e só registrarão urgências pelos próximos 3 dias

Sindicato cobra reajuste salarial prometido pelo governo; movimento pode evoluir para greve

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Pela segunda vez em poucos dias, os policiais civis de Mato Grosso do Sul iniciaram um movimento de paralisação para pressionar o governo por uma proposta salarial que atenda a antiga promessa de elevar o salário da categoria ao sexto melhor do país.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS), a paralisação, que durará três dias, restringirá os atendimentos nas delegacias entre 8h e 20h a casos de prisões em flagrante, violência contra menores e concessão de medidas protetivas em situações de violência doméstica.

De acordo com o presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa da Silva, o protesto foi ampliado de um para três dias após a falta de resposta do governo a uma contraproposta apresentada pelo sindicato na semana passada.

O governo havia sugerido duas opções: incorporar o auxílio-alimentação de R$ 400 com abono de 8% para os menores salários, ou eliminar a faixa salarial inicial de R$ 5,7 mil, elevando o salário base para R$ 6,7 mil, proposta rejeitada pelos policiais.

Além disso, a categoria reivindica um aumento de 100% no auxílio, equivalente ao benefício de R$ 1,5 mil recentemente concedido aos delegados, e um reajuste salarial de 18%, conforme Campo Grande News.

Silva classificou como descaso a falta de um acordo por parte do governo e destacou que o movimento de paralisação é uma tentativa de chamar atenção para as demandas da categoria. "Infelizmente, nós não queríamos isso e sabemos que a sociedade acaba sendo afetada. Mas não temos outra alternativa", afirmou.

Logo no início do dia, um grupo de policiais se reuniu em frente à Delegacia de Pronto Atendimento (Depac), que teve o atendimento ao público prejudicado devido à paralisação. Outras delegacias, como o Cepol e a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), também terão seus serviços afetados durante o protesto.

Os manifestantes levaram faixas com cobranças diretas ao governador Eduardo Riedel e ressaltaram que, se não houver avanços nas negociações, o movimento pode evoluir para uma greve. Uma comissão de deputados estaduais foi formada para intermediar o diálogo entre o sindicato e o governo.

Silva destacou que, como estado fronteiriço com grande presença de facções criminosas, Mato Grosso do Sul conta com um serviço de excelência por parte dos policiais civis, o que reforça a necessidade de valorização da categoria. 

Em resposta, a Secretaria de Administração (SAD) informou que o governo mantém a expectativa de diálogo contínuo e busca uma solução consensual para a questão salarial.

Fonte: MS Todo Dia

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