Policiais civis de MS aceitam proposta de 8% de reajuste salarial após meses de paralisação

Acordo contempla incorporação de auxílio e abono para servidores de menor remuneração

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Os policiais civis de Mato Grosso do Sul decidiram, em assembleia realizada na noite de quinta-feira (17), aceitar a proposta de reajuste salarial de 8% oferecida pelo Governo do Estado. A decisão põe fim às paralisações que vinham ocorrendo ao longo de setembro e outubro. A proposta aprovada beneficia cerca de 3,2 mil servidores, incluindo aposentados e pensionistas.

Segundo comunicado divulgado pelo Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), o aumento salarial será acompanhado pela incorporação de um auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário dos servidores, além de um abono adicional de R$ 130 para aqueles que recebem a menor remuneração. No entanto, o sindicato não informou o resultado detalhado da votação, que ocorreu de forma híbrida.

O reajuste é fruto de diversas rodadas de negociação entre o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa e representantes dos policiais civis. Durante as tratativas, os policiais reivindicavam um reajuste de 28%, que colocaria o salário da categoria na sexta posição do ranking nacional.

Outras demandas incluíam o aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, a implementação de um auxílio-saúde equivalente ao dos delegados (atualmente R$ 1,5 mil), plantões voluntários remunerados e um adicional de fronteira, segundo o site Campo Grande News.

Apesar das negociações, o governo manteve sua proposta inicial, que inclui a incorporação do auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário. O valor pode chegar a cerca de R$ 1,2 mil, variando conforme a posição do servidor na carreira. Além disso, para servidores com menor remuneração, foi estabelecido um abono de até R$ 150.

Antes de aceitar a proposta, o sindicato chegou a suspender paralisações programadas para a primeira semana de outubro, após decisão da Justiça que considerou o movimento ilegal. O desembargador Nélio Stábile acatou o argumento do Estado de que a paralisação prejudicaria a população e baseou-se em uma tese do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe o direito de greve para servidores da segurança pública.

Com a aceitação do reajuste, o impasse entre os policiais civis e o governo parece ter chegado ao fim, pelo menos por ora. Entretanto, a categoria continua a pressionar por melhorias e por um reconhecimento maior em relação ao trabalho desempenhado, especialmente em questões como auxílio-saúde e remuneração de plantões.

Fonte: MS Todo Dia

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