O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na quarta-feira (27) que, a partir de 2026, quem ganha até R$ 5 mil por mês ficará isento do Imposto de Renda (IR). A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, deve beneficiar 36 milhões de contribuintes, segundo a Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco).
Como é hoje e como vai mudar
Atualmente, a faixa de isenção do IR é de R$ 2.259,20, com um desconto adicional de R$ 564,80, o que, na prática, isenta quem ganha até R$ 2.824 por mês. Com a nova proposta, a isenção será ampliada para quem recebe até R$ 5 mil mensais, proporcionando um alívio significativo para muitos brasileiros.
Cálculo do Imposto de Renda
Para entender melhor como funciona o cálculo do IR e como a mudança afetará você, vejamos um exemplo prático de um contribuinte que ganha R$ 5 mil por mês.
Pela tabela atual:
- Base de cálculo: R$ 4.435,20 (após dedução de R$ 564,80)
- Isento: Os primeiros R$ 2.824
- Alíquota de 7,5%: Sobre R$ 567,44
- Alíquota de 15%: Sobre R$ 924,39
- Alíquota de 22,5%: Sobre R$ 119,37
A alíquota efetiva, considerando todas as faixas, é de aproximadamente 6,7%.
Com a nova proposta:
Base de cálculo: Qualquer valor até R$ 5 mil será totalmente isento.
Impacto no orçamento
A isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais deve reduzir a carga tributária de milhões de brasileiros, aumentando a renda disponível e potencialmente estimulando a economia. Para compensar a perda de arrecadação, estimada entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões por ano, o governo propôs aumentar a taxação sobre quem ganha mais de R$ 50 mil mensais.
Quem será beneficiado?
Segundo a Unafisco, a mudança isentaria 78% dos 46 milhões de brasileiros que declaram IR anualmente. Além disso, se a tabela fosse corrigida integralmente pela inflação, mais de 30 milhões de pessoas que ganham até R$ 5.084,04 por mês ficariam isentas em 2025.
Próximos passos
A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. A ampliação da faixa de isenção do IR é uma promessa de campanha do presidente Lula, e a expectativa é que a medida seja discutida e votada nos próximos meses.
Fonte: MS Todo Dia
Foto:Agência Brasil
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