A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta quarta-feira (27) que a bandeira tarifária para o mês de dezembro será verde. Isso significa que os consumidores não terão custos adicionais na conta de luz durante o último mês do ano.
A decisão foi atribuída à melhora expressiva nas condições de geração de energia no Brasil, impulsionada por um período chuvoso mais intenso nas últimas semanas. De acordo com a Aneel, as recentes chuvas elevaram os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, permitindo uma geração de energia mais barata e reduzindo a dependência das usinas termelétricas, que possuem custos de operação significativamente mais altos.
“Com as chuvas, os níveis dos reservatórios se estabilizaram, diminuindo a necessidade de acionar as termelétricas, que costumam ser mais caras”, informou a agência em comunicado.
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado em 2015 como uma ferramenta para ajustar as tarifas de energia elétrica de acordo com os custos variáveis de geração no país. Ele é dividido em três níveis: a bandeira verde, que indica condições favoráveis de geração e não acarreta custos adicionais; a bandeira amarela, que implica em um custo moderado; e a bandeira vermelha, subdividida em dois patamares, que representa os maiores custos operacionais devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as termelétricas.
Nos últimos meses, as condições climáticas adversas haviam elevado o custo da energia. Em setembro deste ano, foi acionada a bandeira vermelha no patamar 1, com custos extras significativos para os consumidores.
Em outubro, a situação se agravou, levando à ativação do patamar 2 da bandeira vermelha, o nível mais caro do sistema. No mês de novembro, houve uma leve melhora, com a adoção da bandeira amarela, que representou um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Agora, com o retorno da bandeira verde, os consumidores poderão respirar aliviados em dezembro. A medida reflete não apenas a melhora das condições hidrológicas, mas também a capacidade do país em utilizar fontes renováveis, como a energia hidrelétrica, para atender à demanda.
A recuperação dos níveis dos reservatórios hidrelétricos é uma notícia positiva tanto para o setor energético quanto para o bolso dos consumidores. Segundo especialistas, essa mudança no cenário é fundamental para garantir a sustentabilidade econômica e ambiental do fornecimento de energia no Brasil, que ainda depende fortemente das chuvas para manter a eficiência do sistema.
Com o anúncio da bandeira verde, dezembro encerra o ano com uma boa perspectiva no setor elétrico, após meses de alta pressão tarifária que impactaram diretamente as finanças das famílias brasileiras. O alívio na conta de luz representa uma oportunidade para que os consumidores possam planejar melhor seus gastos durante o período das festas de fim de ano.
Fonte: MS Todo Dia
Você também pode gostar de ler
Banco Central moderniza boleto e permite pagamento via Pix a partir de fevereiro
Novidade traz mais rapidez e segurança para transações financeiras no Brasil
Publicado em 13/12/2024 às 08:32 - Atualizado em 13/12/2024 às 08:45 - Por Maria Paula
Gosta de comprar na Shein e AliExpress? Prepare o bolso: ICMS sobre importações vai subir e preços podem disparar
Mudança tributária pode impactar diretamente o bolso dos consumidores brasileiros
Publicado em 10/12/2024 às 08:31 - Atualizado em 10/12/2024 às 08:33 - Por Maria Paula
Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil: Entenda como vai funcionar
Medida anunciada por Haddad pode beneficiar 36 milhões de contribuintes; veja o impacto no seu bolso
Publicado em 28/11/2024 às 07:26 - Atualizado em 28/11/2024 às 07:27 - Por Maria Paula
Alta no preço da arroba do boi gordo e aumento nas exportações marcam cenário positivo para a pecuária em MS
Valorização de 42% no preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul entre 2023 e 2024 reflete o impacto de uma menor oferta de gado para abate e a alta demanda
Publicado em 21/11/2024 às 18:17 - Por Felipe Dias
Inflação dispara em outubro: custo de habitação e alimentos pesa no bolso
IPCA atinge 4,76% em 12 meses, superando o teto da meta do CMN
Publicado em 08/11/2024 às 11:14 - Atualizado em 08/11/2024 às 11:19 - Por Maria Paula