Alta do dólar adia leilão da Rota da Celulose; Governo reavaliará projeto para atrair investidores

Eduardo Riedel prometeu reavaliar a modelagem do projeto e discutir alternativas com o ministro dos Transportes, Renan Filho

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O leilão da concessão do sistema rodoviário Rota da Celulose, previsto para este ano, foi adiado sem nova data devido à alta do dólar e à saturação do mercado com projetos de parcerias público-privadas (PPPs).

O governador Eduardo Riedel prometeu reavaliar a modelagem do projeto e discutir alternativas com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para lançar um novo edital no início de 2025, alinhado ao pacote de rodovias do eixo leste do Estado.

O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), explicou que ajustes nas metas de investimento devem ser feitos, visando reduzir os custos finais de pedágio e aumentar a atratividade para investidores.

"A iniciativa privada só investe onde há potencial de lucratividade. Precisamos adaptar o projeto à realidade econômica para viabilizar essas obras", afirmou.

O deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD) destacou os impactos da alta do dólar e do aumento da taxa Selic, que encarecem financiamentos e influenciam o mercado.

"O mercado está sobrecarregado com outros projetos e a conjuntura econômica atual dificultou o avanço. Vamos reavaliar as condições no começo do próximo ano", disse o parlamentar.

Projeto ambicioso

A Rota da Celulose conecta a capital, Campo Grande, ao Sudeste do país, abrangendo nove municípios, incluindo áreas de forte expansão industrial, como Ribas do Rio Pardo, onde está instalada a maior fábrica de celulose do mundo.

O projeto prevê investimentos de R$ 9 bilhões em melhorias ao longo de 843 km, incluindo 135 km de duplicações, 457 km de acostamentos, 203 km de terceiras faixas, 12 km de marginais e 36 km em contornos urbanos.

Dispositivos de segurança e infraestrutura, como passagens de fauna, viadutos e travessias sobre ferrovias. Além disso, o projeto contempla serviços de atendimento aos usuários, como guinchos, ambulâncias, veículos de inspeção de tráfego, áreas de descanso e ações ambientais, em conformidade com o programa Estrada Viva, para proteção da fauna silvestre.

Com essas adaptações, o Governo espera viabilizar a concessão em 2025, atendendo às demandas de segurança, mobilidade e sustentabilidade na principal rota de escoamento de celulose do Estado.

Fonte: CG News/MS Todo Dia

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