MS concede incentivo fiscal à citricultura e atrai investimentos bilionários, incluindo em Paranaíba

Além dos incentivos fiscais, o governo investe em infraestrutura e logística para facilitar o escoamento da produção

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O governo de Mato Grosso do Sul publicou, nesta quarta-feira (4), um decreto que reduz a carga tributária para operações interestaduais de laranjas destinadas à industrialização. A medida, válida até 31 de dezembro de 2032, concede um crédito presumido de 80% sobre o ICMS próprio, com o objetivo de impulsionar a citricultura em diferentes regiões do Estado.

O incentivo é direcionado exclusivamente a produtores agropecuários estabelecidos em Mato Grosso do Sul, mediante requerimento e regularização junto à Secretaria de Fazenda.

Essa política fiscal acompanha o crescimento expressivo da citricultura no Estado, favorecido por condições climáticas ideais, infraestrutura adequada e controle fitossanitário rigoroso contra o greening, uma doença que ameaça plantações no Brasil e no mundo. Esse cenário tem atraído grandes investimentos.

O Grupo Cutrale, líder mundial no setor, está desenvolvendo um projeto em Sidrolândia que deve alcançar quase 5 mil hectares e produzir 8 milhões de caixas de laranja por ano até 2026. O investimento, atualmente avaliado em R$ 500 milhões, pode chegar a R$ 1 bilhão.

Outros importantes projetos estão sendo conduzidos por grupos como Agro Terena, que iniciou o plantio em 1,2 mil hectares em Bataguassu, e o Grupo Junqueira Rodas, que prevê cultivo em 1,5 mil hectares em Paranaíba. Em Ribas do Rio Pardo, o Grupo Moreira Sales está investindo R$ 1,2 bilhão para produzir 8 milhões de caixas por ano e gerar 1,2 mil empregos diretos e 2,4 mil indiretos.

Além dos incentivos fiscais, o governo do Estado tem investido em infraestrutura para facilitar o escoamento da produção e atrair novos projetos, com melhorias em rodovias, suporte energético e intermediações com órgãos estaduais. O combate ao greening é outro diferencial, com protocolos rigorosos que ajudam a manter a produtividade e a qualidade das safras, reduzindo os impactos que têm devastado pomares em outras regiões.

A diversificação econômica proporcionada pela citricultura está transformando Mato Grosso do Sul, historicamente associado à pecuária e ao cultivo de grãos. A nova atividade traz perspectivas de crescimento sustentável, geração de empregos e aumento da arrecadação estadual.

Com investimentos projetados para superar R$ 3 bilhões nos próximos anos, o Estado se posiciona como um dos maiores polos citrícolas do Brasil, ampliando sua relevância no agronegócio nacional e internacional.

Fonte: MS Todo Dia

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