PF prende general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, por suspeita de envolvimento em plano golpista

Militar é acusado de liderar esquema para golpe de Estado e, se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão

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O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi preso na manhã desta quinta-feira (14) pela Polícia Federal (PF). A prisão preventiva foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte das investigações sobre o plano de golpe de Estado.

Braga Netto foi detido em Copacabana, no Rio de Janeiro, e ficará sob custódia do Exército em Brasília. Além da prisão, a PF realizou buscas na residência do militar e cumpriu outros dois mandados de busca e apreensão relacionados a pessoas suspeitas de dificultar a investigação.

O general é um dos principais nomes citados no relatório da Operação Contragolpe, que apontou o envolvimento de 36 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Braga Netto é acusado de tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa, crimes que podem render penas superiores a 30 anos de prisão.

De acordo com a investigação, Braga Netto teria liderado o grupo que planejou uma intervenção militar e aprovado um esquema para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. A PF também aponta que o general financiou essas ações.

Entre os desdobramentos do caso, agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do coronel Peregrino, assessor de Braga Netto, em Brasília. No mês passado, um documento intitulado "Lula não sobe a rampa", que detalharia o plano golpista, foi encontrado em uma pasta na sede do Partido Liberal (PL), em posse do coronel.

A defesa de Braga Netto nega as acusações, afirmando que o general "não participou de qualquer tentativa de golpe" e "muito menos de um plano para assassinar alguém".

A prisão do militar reforça o cerco às investigações envolvendo aliados de Bolsonaro, que teria sido apontado como o beneficiário final do suposto golpe. A PF segue apurando novos elementos do caso.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Fonte: UOL/MS Todo Dia

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