Arauco Celulose solicita autorização para construção de ramal ferroviário de R$ 800 milhões em Inocência

Ramal ferroviário de 46 km conectará fábrica em Inocência à linha Ferronorte

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A Arauco Celulose, empresa do setor de celulose, apresentou à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) um pedido para construção de um ramal ferroviário de 46 km que conectará sua fábrica em Inocência à linha Ferronorte. O projeto, que envolve um investimento de R$ 800 milhões, prevê exploração da ferrovia por 99 anos.

Esse ramal, batizado de "Sucuriú" devido à proximidade com o rio homônimo, visa facilitar o escoamento da produção da fábrica, que terá capacidade de 3,5 milhões de toneladas anuais de celulose. Após a conexão com a Ferronorte, o transporte seguirá até o porto de Santos, onde a empresa planeja construir um terminal de embarque próprio.

A Arauco é a terceira empresa de celulose em Mato Grosso do Sul a solicitar autorização para construção de ferrovia, após pedidos semelhantes da Eldorado Celulose e da Suzano.

A Eldorado, que obteve licença ambiental em 2023, planeja um ramal de 89 km entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado, com investimento de R$ 890 milhões. Já a Suzano, em 2022, apresentou dois projetos: um de 111,7 km entre Três Lagoas e Aparecida e outro de 24,28 km em Três Lagoas. Contudo, a ANTT indicou que apenas uma autorização será concedida, possivelmente forçando o compartilhamento da infraestrutura entre as empresas.

Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), destacou que, apesar da importância dos ramais para o setor, os projetos ferroviários de celulose não avançaram significativamente em 2024. Ele reforçou a necessidade de mobilização para concretizar os planos e ressaltou o papel estratégico de Mato Grosso do Sul como polo de escoamento.

A nova unidade da Arauco, localizada a 50 km de Inocência, será a maior fábrica de celulose do mundo. Além da produção de celulose, a fábrica gerará mais de 400 MW de energia, com 200 MW destinados ao consumo interno e o restante sendo disponibilizado ao sistema nacional, suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.

Com esses investimentos, Mato Grosso do Sul reafirma sua posição como um dos principais centros de produção de celulose no Brasil, impulsionando a economia e infraestrutura locais.

Fonte: MS Todo Dia

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