Prefeitura alerta para risco de surto de dengue em Chapadão do Sul

Circulação do sorotipo 3 do vírus, que há muito tempo não circulava na região, pode provocar quadros mais graves da doença e preocupa autoridades de saúde

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A Prefeitura de Chapadão do Sul, por meio da Secretaria de Saúde, emitiu um alerta para toda a população sobre o risco de um novo surto de dengue no município. O primeiro Boletim de Dengue de 2025 aponta um crescimento preocupante no número de casos e a circulação do sorotipo 3 do vírus, que não era registrado no estado há anos e apresenta risco maior de complicações graves.  

De acordo com os dados mais recentes, Chapadão do Sul já registrou oitenta e sete notificações de dengue desde o início do ano. Desses casos, vinte foram confirmados, cinquenta e seis foram descartados e onze ainda estão sob investigação.

Até o momento, nove pessoas precisaram de internação, enquanto vinte e uma seguem em tratamento. Apesar do aumento no número de casos, não houve óbitos registrados até agora.  

O cenário atual levanta preocupações entre as autoridades de saúde, especialmente porque o município encerrou o ano de 2024 com um total de mil seiscentos e sessenta casos confirmados e dois óbitos. Agora, além do crescimento nas notificações, a presença dos sorotipos dois e três do vírus acende um alerta, principalmente porque o sorotipo três, que há muito tempo não circulava na região, pode provocar quadros mais graves da doença.  

A Secretaria de Saúde explica que a infecção pela dengue pela segunda vez, independentemente do sorotipo, aumenta significativamente o risco de febre hemorrágica. Com a volta do sorotipo três, que não era registrado há anos, essa preocupação se torna ainda maior, uma vez que muitas pessoas podem não ter imunidade contra essa variação do vírus.

Os sintomas mais frequentes entre os pacientes incluem febre alta, manchas vermelhas na pele, dor abdominal intensa, vômitos, náuseas, além de dores no corpo e nas articulações.  

Diante desse quadro, as autoridades de saúde reforçam a importância de procurar atendimento médico ao primeiro sinal da doença. Além disso, recomendam que a automedicação seja evitada, uma vez que o uso de medicamentos como AAS e ibuprofeno pode agravar o quadro clínico dos pacientes, aumentando os riscos de complicações.  

Para conter a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, a Secretaria de Saúde destaca que a prevenção deve começar dentro das casas e quintais. A maioria dos focos do mosquito está em áreas residenciais e terrenos baldios próximos às moradias.

Por isso, é fundamental que a população tome medidas como eliminar qualquer local com água parada, incluindo calhas, ralos, vasos de plantas, pneus e recipientes ao ar livre. Também é essencial vedar bem caixas d’água e reservatórios, além de limpar regularmente bandejas de ar-condicionado e geladeira.  

A Prefeitura alerta que os agentes de combate à dengue têm encontrado muitos quintais com acúmulo de água parada, o que favorece a proliferação do mosquito e aumenta o risco de um surto da doença. A colaboração da população é essencial para evitar uma epidemia de dengue nos próximos meses, especialmente diante da circulação de um sorotipo mais perigoso do vírus.

Com o aumento dos casos, as autoridades pedem atenção redobrada e ações preventivas imediatas para que o município não enfrente um cenário ainda mais crítico nos próximos meses.

Fonte: MS Todo Dia

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