Ex-coordenador da Apae é preso pela 2ª vez suspeito de desviar mais de R$ 8 milhões

Operação Occulto cumpriu mandados em Campo Grande e Camapuã; investigação aponta tentativa de fuga para a Itália

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Paulo Henrique Muleta Andrade, ex-coordenador da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), foi preso pela segunda vez durante a Operação Occulto, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).

A ação também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande e Camapuã na manhã desta segunda-feira (10).

Conforme o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), desde 2021, Paulo Henrique e outros investigados utilizavam empresas de fachada para simular vendas de produtos para a rede pública de saúde, desviando um total de R$ 8.066.745,25. Os valores, repassados pela Secretaria de Estado de Saúde, eram destinados a pacientes ostomizados.

As investigações apontam que os suspeitos praticavam reiterados crimes de lavagem de dinheiro para ocultar o destino dos valores desviados. Além disso, um dos investigados tentou obstruir a justiça, afastando cerca de R$ 500 mil do alcance judicial, mesmo sob medidas cautelares.

O nome da operação, Occulto, faz referência às ações para ocultar os recursos desviados. A investigação também revelou que Paulo Henrique teria solicitado cidadania italiana, indicando uma possível tentativa de fuga do país. Ele já havia sido preso em dezembro de 2023, durante a Operação Turn Off, também por suspeita de desvio de dinheiro público.

Após a prisão, a Apae divulgou uma nota de esclarecimento a respeito do caso:

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande (APAE/CG) vem a público esclarecer que não tem qualquer relação com o ex-coordenador investigado e que, desde o início das apurações, tem colaborado integralmente com as autoridades competentes, permanecendo à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Ressaltamos que a APAE/CG foi vítima da situação e, ao longo de seus 57 anos de existência, sempre atuou com ética, seriedade e total transparência na gestão dos recursos, prezando pelo compromisso com as pessoas com deficiência e suas famílias. A instituição jamais compactuou com qualquer tipo de irregularidade e mantém sua dedicação exclusiva ao atendimento e bem-estar dos seus usuários.

Confiamos na justiça e aguardamos a devida apuração dos fatos, reforçando nosso compromisso de continuar trabalhando de forma íntegra e transparente em prol das pessoas com deficiência de Mato Grosso do Sul.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Divulgação/MPMS

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