O combate aos incêndios na divisa entre Mato Grosso do Sul e a Bolívia completou cinco dias nesta
Segundo o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), apesar da força-tarefa, não foi possível evitar o avanço do fogo com o combate terrestre, e as chamas continuaram a queimar até a noite de domingo (28).
No lado brasileiro, o incêndio ganhou proporção ainda no domingo, onde há morraria. Uma linha de fogo foi controlada, mas outra aumentou devido aos ventos, que chegaram a 16 km/h por volta das 14h, favorecendo a propagação das chamas no sentido Norte-Sul, entre Bolívia e Corumbá.
“Aceiros e linhas de proteção feitos em junho e julho pelos brigadistas da Brigada Alto Pantanal evitaram que o fogo queimasse equipamentos e sistemas de monitoramento e comunicação na região por onde o fogo passou, em morraria. Essa medida de prevenção garantiu que, mesmo com o avanço do fogo perto da torre do sistema Pantera, os equipamentos não queimaram e seguem em funcionamento”, informou o instituto.
Além do Corpo de Bombeiros, IHP e Prevfogo/Ibama, funcionários de fazendas próximas também estão ajudando a combater as chamas por via terrestre. Eles atuaram durante todo o final de semana e seguem mobilizados.
O Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ) identificou que o risco de incêndio no domingo era extremo, o que representa uma alta dificuldade para o combate. Desde janeiro, o Pantanal já queimou quase 900 mil hectares, ou 6% do território.
Mais de 607 mil hectares devastados
De acordo com o Informativo do Monitoramento de Incêndios Florestais em Mato Grosso do Sul, neste ano houve um aumento de 2.397,8% na área queimada do bioma Pantanal em relação a 2023. A área queimada é de quase 607 mil hectares. Esses dados foram atualizados e divulgados na quinta-feira (25).
No Pantanal, o perigo de fogo está entre o risco “muito alto” e “extremo”. Os dias entre 26 e 28 de julho foram considerados os mais críticos.
Os municípios de Corumbá (86,9%), Porto Murtinho (6,7%) e Aquidauana (4,9%) concentram juntos 98,5% dos focos de calor no Pantanal de MS, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Fonte: MS Todo Dia
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